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sábado, 17 de outubro de 2020

Vidas que Inspiram - Robert Burns: o missionário laborioso e incansável


A Escócia foi o berço
não só do presbiterianismo no mundo, mas também de uma grande vertente missionária. Grandes missionários saíram da Escócia, e a maioria da igreja presbiteriana. Um deles foi Robert Burns.


Burns (1789 - 1869) foi um ministro presbiteriano e um grande líder missionário tanto na Escócia quanto no Canadá. Seu pai se converteu com a pregação de Whitfield e Burns recebeu essa herança, tanto de piedade cristã quanto de ardor evangelístico e missionário. Além disso se envolveu muito com a ação social, entendendo a salvação como uma amplitude integral do ser humano. Por causa disso, ele exerceu muita influência sobre a Igreja da Escócia (1843), havendo surgido, a partir daí, a chamada Free Church (Igreja Livre da Escócia), uma igreja presbiteriana mais conservadora. Por ser um calvinista ortodoxo, tornou-se ministro dessa nova denominação presbiteriana.


Em 1845 foi enviado para o Canadá, para pastorear a Knox Church, em Toronto, ligada à Free Church da Escócia. Logo a seguir, tornou-se professor de Divindade da Escola Teológica Knox, onde mais tarde viria a ser professor de História da Igreja. Logo que chegou àquele país, foi escolhido como presidente do Sínodo da Igreja Presbiteriana do Canadá, em conexão com a Free Church da Escócia. Tornou-se o homem mais proeminente da Igreja Presbiteriana do Canadá, em conexão com a Free Church da Escócia. Tornou-se o homem mais proeminente da Igreja das Colônias Britânicas de Ontário e Quebec. Robert Burns era um homem incansável como missionário. Por meio de seu intenso trabalho, fortaleceu poderosamente a Igreja do século 19 nas colônias britânicas do Canadá. Desenvolveu uma grande estrutura de Escolas Bíblicas Dominicais, visitava centenas de distritos, criou incontáveis grupos de comunhão, criou várias organizações missionárias e filantrópicas.


Era um verdadeiro cientista. Editou obras em História da Igreja, escreveu obras sobre políticas sociais - especialmente referente a abordagens da pobreza - e era colunista do Jornal Evangélico The Edinburgh Christian Instructor. Com seu temperamento opinativo e volátil, participava das controvérsias de seus dias, especialmente no que dizia respeito a Controvérsia Apócrifas da Sociedade Bíblica, Controvérsia Voluntária e as chamadas Controvérsias Não-Intrusivas na Igreja da Escócia.


Mas além de tantas atividades, Burns se destacou, acima de tudo, como um missionário entusiasta. Liderou a Sociedade Missionária Colonial de Glasgow, desde sua fundação em 1825. Enquanto esteve em Toronto, deu preferência ao trabalho missionário. Frequentemente ele estava encorajando líderes ao plantio de novas igrejas, e há ainda hoje mais de meia dúzia de igreja em Ontário levando o seu nome. Ele instalou um importante ministro chamado Rev. John Black, em Red River, umas das mais importantes da região de Winnipeg (Winnipeg transformou-se em centro urbano de primeiro mundo com a vinda de imigrantes de origem variada). Foi esse o primeiro pastor da Igreja Presbiteriana daquela região tão influente e estratégica para a difusão do evangelho. Ajudou a instalar muitos pastores nas igrejas do Canadá. Também teve um papel chave na Missão Buxton, enquanto ministrava treinamento aos escravos do fim da Estrada de Ferro subterrânea, na região sudeste de Ontário. Muitos missionários foram enviados para várias partes do país.


Podemos considerar alguns importantes aspectos no sucesso ministerial de Burns: 1) sua profunda piedade. Era um homem que amava muito ao Senhor e esse ministério era fruto da visão que tinha do próprio Deus; 2) sua dedicação ao trabalho. Ele trabalhou duramente e de forma incansável. Ele semeou muito para colher muito.


Cremos que nos dias de hoje, precisamos refletir sobre isso. Talvez nem todos colhem muito porque não semeiam com tanto ardor a semente necessária. Deus é cem por cento responsável pela colheita em sua obra, todavia, precisamos também ser cem por cento responsáveis na semeadura da poderosa semente do evangelho. Precisamos ser ardorosos e incansáveis para vermos uma grande colheita.




Rev. José João de Paula

josejoao@apmt.org.br

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FONTE:

Dictionary of Scottish Church History & Theology, Nigel M. de S. Cameron, David F. Wright, David C. Lachman; T & T Clark, 1993.

Robert Burns (theologian), Wikipedia e outros.




terça-feira, 7 de julho de 2020

Leitura Bíblica Compartilhada: Plano de Leitura para Discipulado + Salmos



Que os cristãos estam cientes da necessidade imperiosa de se ler as Escrituras e orar a partir dela é sabido até no meio secular. Não foram poucas as vezes que vimos chacotas com essa prática espiritual do cristianismo. Contudo a inconstância e impersistência são notórias também. Aqueles que tentam, ano após ano, terminar um plano de leitura completo confessam, a meia voz, quase melancolicamente, seu descontentamento em não ter conseguido "nesse ano que passou".

Assim, tive por bem começar a ler com amigos e conhecidos, que mais visualizam meus status WhatsApp+Facebook e stories IG, a Bíblia. 

Iniciando com um Salmo, fazendo Lectio Divina, seguindo um plano de leitura que aborda temas centrais que todos já deveriam conhecer, e as passagens que os apresentam, e terminando com outro Salmo, "fechei" com 09 pessoas este compromisso de 30 momentos de leitura, realizados de duas em duas semanas.

Já cumpri três dias, com 04 pessoas, e percebi duas coisas:
1. Há extrema necessidade e disponibilidade na maior parte dos abordados de estar envolvido em um momento assim;
2. Conversas mais informais surgem e ideias para estudos sobre pontos específicos do pensamento cristão ficam evidentes, tanto para o idealizador quanto para os participantes.

 Em tempo, creio ser benéfico dizer que pertencendo a uma igreja tradicional, foquei em deixar claro, eme esforço para reforçar nos momentos de leituras, que esta proposta é somente e tão somente para leitura, "sem comentários ou estudos das passagens". Isso por estar seguindo este plano com outras tradições do cristianismo, mesmo tradições afeitas ao anti-intelectualismo, e travar contato com pessoas que ficaram muito feridas  no processo de discipulado de suas comunidades de fé. É óbvio, para os já solidificados numa boa teologia, que todo plano de leitura subentende uma interpretação da realidade bíblica e uma exposição de princípios caros a quem o produziu, por isso, creio que mesmo com todas estas ressalvas não estou sendo injusto com a Teologia Reformada, nem com a Tradição Cristã Ortodoxa.

A seguir deixo minha proposta de leitura. Utilizo o Google Agenda para marcar com as pessoas os dias e horários, configurando direito, ele envia email nas datas e horários marcados; Google Keep tem sido de ajuda ímpar também, suas notas podem ser personalizadas e fica como lista de tarefas que são ticadas à medida que as leituras são feitas; faço as ligações por vídeo no Whatsapp mesmo, preferi vídeo por ser possível acompanhar alguns trejeitos de expressão facial enquanto lemos as Escrituras, assim facilitando perceber onde está sendo difícil "engolir" o princípio bíblico revelado.




01º: Salmo 1 | Gênesis 1.13.19 (A Criação e a Queda da Humanidade) | Salmo 26

02º:
Salmo 2 | Gênesis 12, 28.10-15; 32.22-28 (Deus Chama um Povo para Si) | Salmo 27 

03º:
Salmo 3 | Êxodo 14.1–20.17 (Os 10 Mandamentos) | Salmo 28 

04º:
Salmo 4 | Deuteronômio 6.1–7.26, 11:13-21 (A Obediência Flui do Amor) | Salmo 29 

05º:
Salmo 5 | Juízes 1.1–2.19 (Ciclos de Desobediência entre o Povo de Deus) | Salmo 30

06º:
Salmo 6 | 1 Samuel 7–9 (O Povo Exige um Rei) | Salmo 31 

07º:
Salmo 7 | 1 Samuel 15-17 (A Queda de Saul e a Ascensão de Davi) | Salmo 32 

08º:
Salmo 8 | Jó 1–2, 38–42 (Como o Justo Reage em Tempos Difíceis) | Salmo 33 

09º:
Salmo 9 | Salmos 1; 23; 139 (Salmos que Enriquecem sua Alma) | Salmo 34 

10º:
Salmo 10 | Salmos 6; 38; 51 (Salmos para o Sofredor e o Pecador) | Salmo 35 

11º:
Salmo 11 | Provérbios 3 e 16; depois 5 e 7 (homens) e 31 (mulheres) (Sabedoria para a Vida Cotidiana) | Salmo 36 

12º:
Salmo 12 | Ezequiel 18.1-32; 20.5-26 (O Pecado de Israel contra seu Deus) | Salmo 37

13º:
Salmo 13 | Jeremias 23.1-6; Isaías 9.6-7; 53; Zacarias 9 (Jesus, o Rei Prometido) | Salmo 38

14º:
Salmo 14 | João 1.1-18; Lucas 2 (Jesus se tornou Homem) | Salmo 39 

15º:
Salmo 15 | Mateus 8–9; Lucas 13.10-17 (Sinais e Milagres de Autoridade) | Salmo 40 

16º:
Salmo 16 | Mateus 5–7 (Jesus Cumpre a Lei) | Salmo 41 

17º:
Salmo 17 | João 3–4 (Jesus Ensina sobre a Nova Vida) | Salmo 42 

18º:
Salmo 18 | João 18–19 (Jesus se Entrega Voluntariamente) | Salmo 43 

19º:
Salmo 19 | Mateus 26–28, Lucas 23–24 (A Morte e a Ressurreição de Jesus) | Salmo 44 

20º:
Salmo 20 | Hebreus 3–4, 8–10 (Jesus, Nosso Salvador e o Sacrifício Final) | Salmo 45 

21º:
Salmo 21 | Romanos 1–3 (A Pecaminosidade do Homem Exposta) | Salmo 46 

22º:
Salmo 22 | Romanos 3–5 (A Graça de Deus em Jesus Cristo) | Salmo 47 

23º:
Salmo 23 | Romanos 6–8; Gálatas 5.16- 26 (Batalhamos contra o Pecado pelo Espírito) | Salmo 48 

24º:
Salmo 24 | Romanos 12–13 (Vivendo uma Vida de Adoração) | Salmo 49 

25º:
Salmo 25 | Efésios 1–6 (A Nova Vida em Cristo) | Salmo 50 

26º:
Salmo 51 | Tiago 1–5 (Vivendo uma Vida de Fé) | Salmo 76 

27º:
Salmo 52 | 1 Pedro 1–5 (Confiando em Jesus ao Enfrentar Perseguição) | Salmo 77 

28º:
Salmo 53 | 1 João 1–2 (Andar na Luz da Verdade de Deus) | Salmo 78 

29º:
Salmo 54 | 1 João 3–5 (Amai-vos uns aos outros) | Salmo 79 

30º:
Salmo 55 | Apocalipse 19–22 (A Promessa da Eternidade) | Salmo 80 




sábado, 14 de janeiro de 2017

Pensando como “O Calvinismo mata as missões!”

O Calvinismo mata as missões!”, dizem muitos. "Afinal, se Deus já escolheu alguns para salvar antes da fundação do mundo, deixando outros para serem condenados, então por que nos incomodaríamos pregando o evangelho às nações? Os eleitos serão salvos e nenhum dos outros será." Mas quando fazemos uma pausa para examinar de perto o Calvinismo, descobrimos que ele não mata missões — ele, de fato, é combustível para missões! Consideremos os bem conhecidos cinco pontos do calvinismo para ver como eles se relacionam com as missões.

Depravação Total:  A necessidade de Missões

Como Calvinistas, acreditamos que “por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5:12). Assim, todos os homens nascem como pecadores; todos nascemos em rebelião contra Deus. Como está escrito: “Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus” (Romanos 3:10-11). Somos totalmente depravados por natureza, o que não significa que somos tão completamente perversos quanto possível, mas que nossa pecaminosidade afeta todas as áreas da vida. Nenhum aspecto das nossas vidas está livre da corrupção do pecado.

Uma vez que todos os seres humanos são pecadores, todos nós nascemos sob o juízo de Deus. Não importa onde vamos no mundo de hoje, separados de Cristo, aqueles que encontramos enfrentam a ira de Deus por seus pecados. “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da nossa carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” (Efésios 2:3). Uma eternidade no inferno espera as pessoas ao redor do mundo, como castigo por seus pecados. Como esta realidade pode não nos levar a encontrar maneiras de levar as boas novas de Jesus Cristo para as nações? Jesus é o único que pode salvá-los de um futuro terrível e lamentável!

Eleição incondicional:
A esperança através das Missões

Porque Deus não tem prazer na morte dos ímpios, mas chama os ímpios para que se convertam do seu caminho e vivam (Ezequiel 33:11), Ele predestinou um povo para a adoção de filhos por Jesus Cristo, de acordo com o beneplácito da Sua vontade (Efésios 1:5). A escolha de Deus, ou eleição, de um povo para manifestar a Sua graça foi incondicional, já que não há nada em nós como pecadores que faria com que Deus nos amasse (1 João 4:10).

Os eleitos de Deus são uma grande multidão que ninguém pode contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas (Apocalipse 7:9). E Ele escolheu esta grande multidão para receber a Sua gloriosa graça. É com essa certa esperança de sucesso nas missões que os Calvinistas vão às nações proclamando o Evangelho de Jesus Cristo.

Expiação limitada:  A mensagem das Missões

Deus, o Pai, dá o Seu povo eleito ao seu Filho, Jesus Cristo, para que todos os que veem o Filho e creem n'Ele possam ter a vida eterna (João 6:40). Ele usa pregadores para levar o Evangelho de Jesus Cristo para as nações, pois como eles invocarão Aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouviram sem um pregador? (Romanos 10:14).

A mensagem de todos os pregadores Cristãos é resumida pelo apóstolo Paulo: “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze” (1 Coríntios 15:3-5). Cristo morreu para pagar pelos nossos pecados, “assim assegurando uma eterna redenção” (Hebreus 9:12). Ele não morreu apenas para tornar possível o perdão dos pecados. Cristo realmente nos redimiu para Deus por meio do Seu sangue. Ele redimiu homens e mulheres de todas as tribos, línguas, povos e nações (Apocalipse 5:9). Os Calvinistas querem que o povo de Deus, de toda tribo, língua, povo e nação, ouça sobre a expiação substitutiva de Cristo pelos pecadores, para que sejam perdoados dos seus pecados e adotados como filhos e filhas de Deus.

Graça irresistível:  O poder nas Missões

Os seres humanos nascem em estado de total depravação, completamente depravados, espiritualmente mortos em seus delitos e pecados (Efésios 2:1). Isso significa que ninguém virá a Cristo por si mesmo. Mas nos regozijamos em lembrar que Deus está operando através do Espírito Santo, efetivamente atraindo os Seus eleitos para Cristo (João 6:44). E a graça de Deus é irresistível, porque Ele determinou salvar um povo para Sua glória.

Portanto, os Calvinistas apelam a todos os homens em todos os lugares para se arrependerem (Atos 17:30), porque sabemos que aqueles eleitos por Deus se arrependerão e crerão em Cristo! Esta poderosa graça de Deus nos dá confiança nas missões, sabendo que todos os que creem em Cristo serão salvos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Sim, os Calvinistas acreditam em João 3:16!

Perseverança dos santos:
O sucesso com as Missões

Finalmente, os Calvinistas descansam por saberem que nosso trabalho missionário será finalmente bem-sucedido. Pois, a Palavra de Deus não retornará a Ele vazia, mas cumprirá o que Lhe apraz (Isaías 55:11). Se não vemos o fruto do nosso trabalho entre as nações, então não precisamos desesperar. Não é ele o que planta, nem o que rega, mas Deus é quem dá o aumento (1 Coríntios 3:7). Ao mesmo tempo, sabemos que Deus está agindo e atraindo as pessoas para Si mesmo, então continuamos a proclamar as boas novas confiando n'Ele para remover os corações de pedra e dar corações de carne (Ezequiel 36:26).

Além disso, quando as pessoas em todo o mundo nascem de novo, reconhecemos que Aquele que começou uma boa obra nelas a completará (Filipenses 1:6). Deus nos apresentará irrepreensíveis diante da presença de Sua glória com grande alegria (Judas 24). Portanto, aguardamos com expectativa o dia em que nos uniremos com nossos irmãos e irmãs em Cristo de todo o mundo, louvando nosso Salvador pela redenção que Ele realizou na cruz. Que estas gloriosas verdades estimulem os nossos corações para missões como Calvinistas, para que Cristo seja glorificado!

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Fonte: John Divito [Founders Ministries]
Tradução: Tayllon Gabriel via Bereianos.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Missionários ou Impostores


Encare a realidade que somos missionários de Cristo independentes da atividade que exercemos em nossas congregações; se você confessa o nome de Cristo, mesmo que você não tenha a noção da responsabilidade que isso implica, você é um missionário de Cristo.

O fato é: que tipo de missionário de Cristo você tem sido???

Pare, pense e aja.