Desde que somos criaturas e pecadores,
 a verdade de Deus só pode ser recebida como uma dádiva de sua 
condescendência que vence nossa resistência instintiva a ele e ilumina 
nossas mentes obscurecidas. Em termo bíblicos, não podemos conhecer Deus
 e a sua verdade até que venhamos a nascer de novo (João 3.3).
Este milagre do novo nascimento e iluminação vem sempre associado a uma resposta ao evangelho (ou "boas novas") que se encontram no âmago da fé cristã. Esta maravilhosa mensagem a princípio não parece ser "boas"
 novas, pois ela nos confronta com nosso pecado, nossa fraqueza moral, 
nossa cegueira intelectual e o fato sombrio da ira de Deus contra nós. 
Mas, ao mesmo tempo, ela nos assegura do seu amor todo-poderoso pelos 
pecadores, expresso no dom de seu filho Jesus Cristo que morreu na cruz 
pelos homens e mulheres pecadores. O evangelho nos chama para 
afastar-nos do pecado e nos rendermos à misericórdia de Deus, que nos é 
oferecida em Cristo.
Ao responder a esse chamado, confiando simplesmente,
 experimentamos um novo começo em nossas vidas, um novo nascimento, e 
com ele uma nova capacidade para compreender a revelação de Deus e 
responder a ela. Se somos verdadeiros cristãos, esta primeira implicação
 já é uma realidade para nós, mas este axioma bíblico é muito 
importante: "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus."
 Este princípio opera através de toda a nossa vida cristã. Deus 
apresenta esta verdade apenas aos humildes. À medida que nos aproximamos
 em completa dependência, reconhecendo nossa ignorância pecaminosa e 
nossa constante necessidade de iluminação divina, ele se inclina para 
nós em graça e nos concede repetidamente o dom da sua verdade.